Felicidade Felina

Os cinco ramos da Felicidade Felina

O grau de conforto que um gato sente face ao seu ambiente está intrinsecamente ligado à sua saúde física, bem-estar emocional e comportamento. Possuir uma compreensão básica das necessidades ambientais específicas da espécie felina, constitui o primeiro passo na direção da sua felicidade.

As necessidades ambientais incluem aquelas relacionadas não só com o ambiente físico do gato (dentro ou fora de casa; no ambiente doméstico ou na clínica veterinária), mas também aquelas que afetam a sua interação social, incluindo as respostas ao contacto humano.

De modo a ajudar os médicos veterinários, restantes profissionais de cuidados de saúde felina, e tutores a reduzir níveis de stress e a incidência de distúrbios relacionados com comportamentos indesejados dos gatos, a Associação Americana de Médicos Felinos (AAFP) em conjunto com a Sociedade Internacional de Medicina Felina (ISFM) estabeleceram cinco ramos que asseguram o seu bem-estar e felicidade

A identificação destes cinco ramos é nada mais nada menos, do que diretrizes para que as necessidades físicas e psicológicas dos gatos sejam satisfeitas e para que se sintam felizes. Clique nos separadores para conhecê-los. 

SEGURANÇA

Disponibilizar um local seguro

O seu gato vai sentir-se mais seguro e protegido se tiver acesso a zonas isoladas onde possa proteger-se de eventuais ameaças. 

Um refúgio seguro pode ser um local elevado (como um poleiro ou prateleiras) ou uma divisão da casa que permita que o seu gato se esconda (debaixo da cama, no interior do roupeiro ou numa caixa de cartão).
Assim, irá permitir que o seu gato evite e fuja de cheiros estranhos, de ruídos, de pessoas desconhecidas e de outros gatos. O facto de dar ao gato a opção de se retirar nestas situações, aumenta a sua sensação de controlo e de segurança. Permita o acesso livre a todas as divisões da casa, pois o seu gato precisa de total controlo do seu território para se sentir seguro.

Reflexão: Já alguma vez se apercebeu que o gato é caçador, mas também é presa? Esta condição natural fá-lo sentir-se vulnerável e em perigo iminente, mesmo no seu território. Ao proporcionar um local seguro sem restrições de acesso está a permitir que o seu gato controle não só o seu território como se “salve” dos perigos e dos predadores.
 

RECURSOS

Disponibilizar vários locais de recursos ambientais

Os gatos são animais territoriais e, por esta razão, precisam ter acesso ilimitado aos seus 
recursos ambientais. Em casas com vários gatos também é necessário que esse acesso não seja desafiado pelos outros gatos. Deste modo evitaremos stress por competição. Os recursos ambientais básicos incluem zonas de alimentação, de descanso, de brincadeiras, de eliminação e de exploração.

Zona de alimentação

A comida e a água devem situar-se num local limpo e tranquilo. Em casas com vários gatos é importante que cada gato tenha o seu próprio comedouro e em locais separados, mesmo que haja partilha dos mesmos. Ter vários bebedouros, alguns separados do comedouro.

Zona de descanso

Qualquer local da casa. Habitualmente são elegidos locais elevados. Aumente a oferta de espaço vertical ao seu gato com a aplicação de prateleiras. Ofereça também locais cobertos, como por exemplo, caixas de cartão ou transportadoras.

Zona de brincadeiras

Qualquer local da casa onde o gato encontre algo estimulante.

Zona de eliminação

A zona de eliminação de fezes e urina deve ser uma zona calma e tranquila, separada da zona de alimentação. A liteira e o areão devem cumprir alguns requisitos básicos.

Zona de exploração

Num gato saudável vai corresponder a toda a casa. Em casos de problemas permanecem fundamentalmente numa zona da casa.

Reflexão: Já pensou em como se sentiria se fosse obrigado a partilhar o seu prato de refeição? Quantas vezes já lhe aconteceu ter mesmo de ir urgentemente à casa-de-banho e deparar-se com a sanita suja? Certamente que isso o irritou e, se souber quem esteve previamente a usá-la, pode mesmo motivar uma discussão. Não somos felinos, é um facto, mas se nos tentarmos “colocar no lugar” do nosso gato, vamos certamente encontrar pontos onde conseguimos melhorar o seu bem-estar.
 

COMPORTAMENTO PREDATÓRIO

Proporcionar oportunidades para brincar e ter comportamentos predatórios

A caça fornece ao gato estimulação física e mental e, ao mesmo tempo, comida. Esta atividade ajuda a reduzir o risco de obesidade, o tédio e comportamentos indesejados.

Para estimular o seu gato ofereça-lhe comida em brinquedos apropriados (como bolas, quebra-cabeças ou caixas de ovos) em vários locais da casa. Esta maneira estimulante de oferecer comida vai requerer que o seu gato “capture a comida” e ocupará uma parte significativa das suas atividades diárias.

A interação com o dono através de brincadeiras é fundamental e necessária, mas também devemos permitir a existência de jogo individual.


Reflexão: Imagine-se de férias uma semana em casa sem televisão, sem Internet e sem receber amigos em casa. As distrações para “passar o tempo” dependeriam exclusivamente da sua criatividade. O mais certo era passar grande parte do tempo a dormir ou a comer e, ao final de 24 horas já estaria ansioso pelo regresso ao trabalho.
Pequenas alterações, como as referidas, enriquecem muito o dia-a-dia do seu gato. 
Sabendo que os gatos dormem em média 16 horas por dia, vai ser fácil conseguir motivá-lo as restantes horas. Preparado?

 

INTERAÇÃO POSITIVA

Proporcionar interação social com humanos

Os gatos beneficiam de interação regular e amigável com os seres humanos.

A manipulação consistente e suave com um gatinho estabelece uma forte ligação “homem-gato” que minimiza o nível de stress e o medo dos seres humanos. Não se esqueça que a tolerância e as preferências para contacto humano variam de gato para gato e, no próprio gato, consoante a fase da sua vida.

Normalmente, a maioria dos gatos procuram interações frequentes de baixa intensidade e tendem a preferir períodos mais curtos de carícias em torno do rosto e na cabeça. Se é daquelas pessoas que prefere intensas interações com carícias prolongadas, lembre-se que pode estar a gerar stress ao seu gato. 
Permita que ele inicie e termine o comportamento interativo.

Reflexão: Já se questionou porque é que os gatos têm tendência a preferir as pessoas que interagem menos com eles? Sim, nós sabemos o que está a pensar! O seu gato sempre se interessou maioritariamente por aquele amigo que entra em casa e que não lhe liga nenhuma. Sim, até é capaz de subir-lhe para o colo e de lhe mostrar os seus dotes de ser vivo detentor de máquina de fazer ronrom. Se quer ter fama de encantador de gatos é simples: dê-lhe espaço e permita que seja o gato a vir ter consigo.
 

OLFATO

Proporcionar um ambiente que respeita a importância do Olfato

A informação olfativa e química é a principal via que os gatos usam para avaliar o seu meio envolvente. Quando um gato encontra estímulos olfativos desagradáveis ou ameaçadores pode gerar ansiedade e problemas de comportamento associados.

Evite a introdução de odores ou substâncias (como detergentes, medicamentos, roupas com odores desconhecidos e ambientadores) que compitam ou perturbem a perceção sensorial do ambiente envolvente do seu gato.

Os gatos delimitam as diferentes zonas do seu território utilizando feromonas faciais. A marcação facial consiste na deposição de feromonas produzidas ao nível da face, ao roçar-se nos objetos, nas pessoas ou em outros animais. É uma atividade diária e necessária para que o seu ambiente lhe seja familiar e se sinta feliz.

A marcação territorial através de fezes e/ou urina é uma forma de comunicação sensorial muito importante entre gatos. Se o seu gato fizer urina ou fezes fora da liteira não o submeta a nenhum tipo de punição, só irá agravar o comportamento. Lembre-se que, ao contrário do cão, o gato não é um animal hierárquico e, por essa razão, a educação de um gato não pode basear-se em repreensões diretas. Nestas situações entre em contacto com o médico veterinário assistente.

Reflexão: Já lhe aconteceu sair com um dos seus gatos (para ir ao veterinário, por exemplo) e, ao regressar a casa, o outro gato reagir agressivamente? Lembre-se que os gatos usam o olfato e não a visão para reconhecer o meio que os rodeia. Ao adquirir um odor distinto ao “odor comunitário da casa”, o gato que saiu pode não ser reconhecido ao regressar a casa. Esfregue uma manta ao nível da face de ambos os gatos e, posteriormente, passe-a ao longo de todo o corpo dos gatos para que a aceitação seja mais rápida.
 

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